Paulo Sérgio da Silva

Profissão:
Advogado – Formado desde 1998 Na Universidade Federal do Rio dos Sinos);

Atividade:
– Advogado especialista em direito do Consumidor e Direito Ambiental;
– Fundador da Revista Consumidor – Janeiro de 1980;
– Fundador e Presidente do Instituto Cidade Sustentável – desde janeiro de 2011;
– Coordenador do Comitê de Monitoramento da Implantação das Pequenas Centrais Hidrelétricas do RS – desde março 2017.

PERGUNTA E RESPOSTAS:

AC: O senhor foi um dos fundadores do movimento consumerísta brasileiro, nos fale um pouco do início de seu trabalho, nos anos de 1980.

Iniciamos nossa trajetória no movimento consumerista brasileiro, quando da fundação da Associação de Proteção do Consumidor do Rio Grande do Sul, em 13/05/1975. A APC foi a primeira entidade civil de proteção ao consumidor da América Latina. Assim desde os primeiros passos dos movimentos consumeristas brasileiros estivemos presentes e participamos das principais rodadas de discussão e proposta de organização do setor.

AC: Como foi a recepção do projeto da revista Consumidor por parte do empresariado nacional?

A Revista Consumidor foi o primeiro órgão de imprensa nacional com linha editorial voltada para a orientação e defesa dos interesses dos consumidores e seus direitos. Tivemos uma excelente aceitação, tanto pela classe empresarial, como pelos consumidores.

AC: Como as empresas faziam o atendimento ao consumidor anteriormente ao Código de Defesa do Consumidor (CDC)?

As empresas custaram um pouco a entenderem o novo movimento que se iniciava e demoraram um pouco para se estruturarem com condições para receber as demandas e reclamações crescentes dos consumidores, mas também, foi nesta época que começaram a ser criados os SAC’s (Serviços de atendimento ao consumidor) dentro das empresas, um canal eficiente de comunicação dos consumidores e as empresas.

AC: Depois da criação do CDC houve evolução no atendimento aos consumidores?

Houve uma evolução substancial nas relações de consumo (fornecedores/consumidores). Os SAC’s foram fortalecidos e outros canais de comunicação foram criados, tais como, as Ouvidorias.

AC: A revista Consumidor, pioneira a tratar do tema das relações de consumo, desde 1980, em 2022 passa a circular de forma digital, como o senhor avalia essa mudança?

Entendo que é uma evolução natural do setor de comunicação, principalmente em órgãos de imprensa, que precisam se adaptar ao mundo cada vez mais digitalizado.

AC: Qual sua avaliação atual das relações de consumo?

As relações de consumo estão em um patamar muito bom no Brasil. O Código de Defesa do Consumidor trouxe evoluções importantes que foram incorporados pelas relações de consumo. Mas, sempre precisamos melhorar e evoluir.

AC: No último dia 15 de março comemoramos os 60 anos da manifestação do então presidente americano John Kennedy, ao congresso americano pedindo leis de proteção e segurança ao consumidor. Qual a importância dessa data e pronunciamento na vida de todos nós?

A manifestação de presidente americano foi um marco no reconhecimento dos direitos dos consumidores e inspirou todos os demais movimentos em todo o mundo e em especial no Brasil.

AC: Qual sua atividade profissional no momento? Ainda pretendes trabalhar com o direito do Consumidor?

Atualmente estou desenvolvendo minhas atividades de advogado voltado ao direito ambiental, principalmente como consultor. Sim, poderia voltar a atuar na área do direito do consumidor, como consultor.

AC: Qual a mensagem o senhor gostaria de deixar aos nossos leitores?

Os leitores devem continuar a exercerem seus direitos de consumidor e sempre exigir dos fornecedores o respeito e atenção que o cliente merece.

Fonte: O editor
Data: 08/08/2022
Revisão: O editor
Foto: Arquivo pessoal

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